ONDE ESTÃO NOSSOS VALORES?

Uma vez estava no ônibus e um adolescente esbarrou bruscamente em mim e me disse: “Foi mal”. Fiquei pensando sobre a maneira de se pedir desculpas para um esbarrão como aquele.

Muito interessante ele me dizer que “foi mal” uma vez que com um esbarrão daquele, não poderia ser bom mesmo!

Ultimamente tenho observado que muitos estão se esquecendo de algumas palavrinhas simples para o dia a dia: por favor; obrigado; desculpe-me; com licença...

Então, o que está acontecendo?

Bom, já é sabido que a educação é sempre bem vinda em qualquer lugar e situação; que um gesto gentil vindo do mais ignorante vale mais que ter o título de doutorado e ser desprovido da sensibilidade nas palavras e atitudes (é verdade!). Parece que estamos tendo medo de ser educados. O ser humano está achando normal se referir aos mais velhos como “meu” ou pior ainda, quando não respeitamos o lugar no estacionamento a estes reservados. Parece que fingir é mais fácil que fazer o correto!

Já percebeu que o motorista adora parar em cima da faixa de pedestre e ainda falar ao celular enquanto dirige e, quando é pego e multado diz que é azar ou que a polícia deveria estar mesmo é "pegando ladrão".

Fique atento quando vamos a uma lotérica pagar alguma conta as operadoras de caixa raramente respondem a um bom dia seu! Por que será não é mesmo?

Não posso esquecer-me de muitos servidores públicos, a estes devo me referir de modo respeitável, se bem que raramente somos tratados assim quando precisamos deles. Poderia fazer uma lista aqui dos locais onde fui muito bem tratado como cidadão e, garanto, são poucos...

Não quero me prolongar em mais linhas, mas apenas te convidar a pensar sobre nossos valores, onde eles estão? São eles os mesmos para nós hoje ou será que não houve uma grande inversão de valores e, somos “caretas” se os conservamos.

Enfim, dizer um “obrigado”; “desculpe-me” nunca poderá ser considerado como ultrapassado.

Um “desculpa-me” nunca poderá ser substituído por um “foi mal” tão pouco um “obrigado” por um simples “valeu”.

Sem dúvida alguma, os valores a que me refiro vão além do que escrevo aqui, mas quero apenas convidar você meu querido leitor a pensar e me ajudar a responder: ONDE ESTÃO NOSSOS VALORES?




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